Definir o tipo ideal de apartamento e a localização é uma tarefa difÃcil. Pesquisa de mercado e conhecimento das reais necessidades futuras são itens básicos para se fazer uma boa escolha. Pelo menos foi assim com o casal Josiane Cardoso e Jonatan de Almeida, ambos com 31 anos.
Depois de pensarem muito, eles escolheram um apartamento de dois quartos e mais uma suÃte no coração do bairro Floresta, em Joinville. O casal assinou o contrato no dia 26 de novembro. A mudança deve ocorrer em abril do ano que vem.
– Procuramos bastante, mas em um curto perÃodo de tempo, e esse apartamento chamou nossa atenção por ser diferente da maior parte dos que havÃamos visitado – conta Jonatan, que é técnico de telecomunicações.
O que despertou o interesse do casal foi o tamanho e o valor do apartamento.
– Estávamos encontrando apartamentos com 77 m² com preços variando sempre próximos aos R$ 280 mil, mas esse tem 89 metros e estava com um valor bem melhor – diz Jonatan.
O apartamento tem a metragem padrão na cidade e a que tem maior procura, indica a pesquisa sobre o Perfil Imobiliário de Joinville. É um tamanho de imóvel que já tem uma demanda concreta e consolidada no mercado, avalia Fábio Araújo, diretor da Brain, empresa de Curitiba que realizou a pesquisa para o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) de Joinville.
Pensando em suas necessidades atuais, o casal já descartou, logo no inÃcio, um prédio com salão de festas. Como não usariam muito, concordaram que ele apenas deixaria o condomÃnio mais caro. O tamanho do prédio também pesou na escolha de Josiane e Jonatan. É uma edificação pequena, de cinco andares e apenas nove apartamentos.
– Tem um charme especial, de prédio pequeno, que despertou nossa atenção – confessa Jonatan.
A localização ajuda. O Floresta é quase no meio do caminho para o trabalho de Jonatan, no Centro, e para o de Josiane, que é gerente em uma loja na Zona Sul da cidade.
– Estamos próximos a tudo de bom que o Centro oferece, mas em um bairro que gostamos, com fácil acesso para os nossos trabalhos e que permanece tranquilo – explica.
Além disso, o terceiro dormitório tem uma ótima razão de ter pesado na escolha. O casal planeja ter pelo menos um filho e já está preparando o lar para recebê-lo.
– Quando estávamos escolhendo o apartamento, isto pesou muito em nossa decisão sobre o tamanho e a localização – indica Jonatan.
Mudança no perfil do imóvel
Cleópatra Silva, especializada em decoração de interiores, lembra que a decisão de ter filhos muda radicalmente o perfil do imóvel procurado.
– É um passo fundamental para o casal. Ter um filho transforma completamente os hábitos, muda o perfil do casal e do que se espera de um apartamento – explica.
Isso não quer dizer que somente apartamentos grandes possam abrigar, satisfatoriamente, um casal com filhos. É tudo uma questão de entender as possibilidades do imóvel, avalia a especialista. Espaços pequenos merecem e precisam de atenção especial e de um conhecimento do que o mercado de móveis e eletrodomésticos oferece.
Hoje, conta a decoradora, existem centenas de opções compactas que caem muito bem em espaços reduzidos. O que realmente importa é fazer um planejamento, conhecer as possibilidades de cada cômodo, ter pleno conhecimento das áreas disponÃveis e do fluxo de pessoas durante o dia a dia no apartamento.
Alto preço inviabilizou a opção por casa
Na hora da escolha, o casal Josiane Cardoso e Jonatan de Almeida chegou até a especular comprar uma casa. Desistiram pela mesma razão que milhares de joinvilenses colocam a compra da residência de lado e vão para apartamento: preços salgados.
– Achamos os preços das casas que gostarÃamos muito altos e gostamos da grande oferta de apartamentos para a venda. Isso possibilitou mais opções de escolha – revela Jonatan.
Com valores bem menores dos que precisaria desembolsar para comprar uma casa, também no Floresta, o casal ficou com um apartamento de tamanho médio. O terceiro dormitório vai acabar virando um charmoso closet.
Fábio Araújo, da Brain, diz que morar em casa ainda seduz os joinvilenses. Mas na guerra entre preços razoáveis que se podem pagar e boa localização, os apartamentos vencem fácil.
– Os preços dos terrenos e das casas bem localizadas estão muito altos, então os consumidores estão preferindo morar bem localizados, mas em apartamento – confirma.
A escolha do casal está bem fundamentada e é também uma preferência dos
joinvilenses. A região formada pelos bairros Anita Garibaldi, Bucarein, Floresta, Guanabara e Itaum é a segunda em concentração de lançamentos e ofertas na cidade, indica a pesquisa realizada pela Brain. Somente no Anita e no Floresta existiam, até setembro, 414 unidades para venda em 22 empreendimentos.
Isso faz com que o preço médio na região oscile próximo aos R$ 332 mil, podendo chegar a uma média de R$ 564 mil no Anita Garibaldi, o novo bairro da classe média alta de Joinville.
É desta região também que o Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon) de Joinville acredita que nascerá uma onda de novos empreendimentos com destino à divisa com Araquari.
– O crescimento maior da Zona Sul começará no Anita Garibaldi e continuará sendo assim, pelo menos, até o final da década – entende Vanderlei Buffon, presidente do Sinduscon.